Amsterdam é uma belíssima cidade e seu Transporte Urbano é eficiente e desenvolvido. Embora existam vários canais que embelezam a paisagem, eles são pouco usados para deslocamento, mas ainda assim se vê alguns cargueiros navegando. Os barcos particulares estacionam ao longo dos canais como carros em uma rua de água.
Atualmente eles servem mais para turismo, e milhares de barcos realizam passeios, que aquece bastante a economia local. O local mais fotografado de Amsterdam, que só se vê de barco, são as sete pontes sequenciais chamado seven bridges.
A Holanda é um país pequeno (menor que o Estado do Rio de Janeiro), cruzado por rios com vários braços e sinuosidades. Também é chamada de Países Baixos (Netherlands) e quase um terço de sua área fica abaixo do nível do mar. Assim, o excesso de água que percorre o país gerou inúmeros canais, usados para passeios turísticos, transporte de mercadorias e pessoas; e também para irrigação e drenagem de água das propriedades. Em Amsterdam, os canais foram construídos de maneira concêntrica, totalizando mais de 100km de canais e 1500 pontes. Devido à importância histórica, bem como extraordinária beleza, em 2010 os canais da cidade fazem parte do patrimônio histórico da Unesco.
PESCARIA DE BICICLETAS E DE CARROS NOS CANAIS DE AMSTERDAM
Nos canais de Amsterdam acontece algo inusitado que é a pescaria de bicicletas. Na verdade, nos canais também há barcos afundados, geladeiras, cofres, etc…, mas o que prevalece são as bicicletas. Entre 12.000 e 15.000 bicicletas são pescadas por ano, e provavelmente o motivo delas estarem no fundo do canal seja por vandalismo ou roubo.
Porém, a quantidade de barcos afundados no canal é menor, cerca de 500/ano. Provavelmente, afunda-se os barcos devido à mudança dos proprietários ou, ainda, por não quererem pagar taxas para amarração.
Em Amsterdam há quatro mergulhadores profissionais que atendem 24/dia; e em dias de eventos, aumenta esta quantidade. De acordo com eles, cerca de 100 pessoas e 35 carros caem no canal por ano, e geralmente os transeuntes são os primeiros a chegar.
TRANSPORTE POR BICICLETAS
Amsterdam é internacionalmente reconhecida pelos milhares de bicicletas, sendo que há cerca de 780.000 pessoas para 880.000 bicicletas. A cidade é plana e compacta, e a humilde bicicleta preta é a rainha das ruas, permitindo que mais de 1/3 dos habitantes vá trabalhar de bicicleta. Além disso, uma quantidade maior de pessoas usa as bicicletas para: levar crianças na escola, ir ao supermercado, lazer, etc.
E pedalar lá não está reservado apenas aos corajosos que se arriscam no meio dos carros e nem para os atletas com músculos de aço. A cidade convida a andar de bicicleta, independente da classe econômica e social do cidadão, pois a extensa e bem cuidada infraestrutura de ciclovias, permite pedalar com segurança em qualquer lugar.
E não é apenas em Amsterdam que o uso de bicicletas é intenso, em outras cidades da Holanda também é assim.
PEDALAR EM SILÊNCIO E SEM USAR CAPACETE
Não se usa capacete em Amsterdam, pois as bicicletas são do tipo simples que oferecem conforto, e não velocidade. Rodar de bicicleta também é uma atividade socializante, pois através de olhares, gestos e falas, se faz a negociação de priorizar quem passa pelos caminhos lotados de bicicletas, tudo acontece em silêncio.
Também ocorre de removerem os semáforos de alguns cruzamentos com maior fluxo de carros, caminhões, bondes e bicicletas. O que nos parece um absurdo, comprovou-se diminuir a taxa de acidentes, priorizando o deslocamento das bicicletas, com os carros e bondes avançando em intervalos. O fato de ter que se prestar mais atenção nos outros, mostrou-se mais seguro.
Há um grande senso de coletividade na Holanda pois, por estarem em nível abaixo de água, é como se todos estivessem juntos no mesmo barco, facilitando a implantação de determinadas políticas públicas.
E a priorização da bicicleta no transporte urbano de Amsterdã começou a prosperar com mudanças de políticas públicas a partir da década de 1970. Isto ocorreu por pressões de movimentos populares contra o aumento das fatalidades derivadas de acidentes de carros.
AMSTERDAM E O TRANSPORTE URBANO PÚBLICO
Além de ser plana, Amsterdam não possui indústria automobilística para pressionar a construção de infraestrutura para carros. A rede de trilhos é extensa e boa parte da população mora à curta distância da estação, podendo facilmente percorrer por bicicleta.
Mas nem tudo são flores em Amsterdam, e quem não pode andar de bicicleta enfrenta dificuldade, pois o uso de carro é desencorajado de todas as maneiras possíveis. Além das altas taxas de estacionamento, cada vez mais se restringe a circulação de carros, dificultando a vida de quem mora em áreas mais afastadas.
Amsterdam possui política de constante diminuição de limite de velocidade dos carros a fim de melhorar a segurança nas vias. ; já que a maior causa dos acidentes é causada pela velocidade em várias vias recentemente o limite passou de 50km/h para 30km/h.
A ideia é sempre fazer que as pessoas optem por se deslocar por bicicleta ou transporte público, e deixem de usar o carro. Afinal, isto também contribui para a redução de poluição sonora e diminuição de trânsito nas áreas centrais.
BONDE/TRAM, METRÔ E ÔNIBUS
O Transporte Público de Amsterdam oferece serviço de boa qualidade, onde há bonde/tram, metrô e ônibus. Porém é necessário comprar a passagem com antecedência, e fazer check-in e checkout nas maquininhas ao entrar e sair do veículo. Assim também, o transporte público para por volta da meia noite.
Os bondes/tram atravessam toda a cidade, e são a melhor opção de transporte público na área central. São pequenos trens elétricos, azul e branco, com grandes janelas e operados pela companhia GVB. Os trams possuem extensa rede de linhas com inúmeros pontos de paradas.
Amsterdam também possui metrô e as estações ficam nos pontos com maior movimento. Desse modo, é um transporte rápido e mais conveniente para usar nas áreas menos centrais.
Os ônibus oferecem um nom serviço aos habitantes, porém é melhor usá-los onde os trams não opera, ou seja, fora da área central.
ANDAR A PÉ EM AMSTERDAM
Porém, mesmo quem está acostumado a caminhar bastante durante as viagens, Amsterdam causa uma sensação estranha, pois é diferente do convencional:
- Há pouca ou nenhuma diferença de nível entre as calçadas e as ruas,
- Quantidade gigantesca de bicicletas circulando por todos os lugares,
- Poucos carros rodando nas ruas centrais; sempre devagar, pedindo desculpas,
- Manutenção das vias e calçadas muito boa,
- Centenas de canais com pouca ou nenhuma proteção para não cair neles,
- Grande quantidade de bondes deslizando pelos trilhos,
- E o melhor de tudo: Silêncio
A cidade é compacta e plana, facilitando caminhar, e nas ruas a prioridade é para pedestres e os ciclistas. A taxa de acidente de trânsito é baixa e cerca de apenas um terço dos residentes possuem carro, mesmo assim, poucos usam diariamente.
As centenas de bicicletas deslizam silenciosamente bem próximas dos pedestres e às vezes, se ouve o sino deles alertando algum pedestre. Eventualmente ocorre colisão entre pedestres e ciclistas, mas como ambos estão em velocidade baixa, o estrago é pequeno.
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