Estreito de Malaca conecta o Oceano Índico ao Oceano Pacífico e está localizado na Península da Malásia, no Sul da Ásia. Ele é a menor rota de transporte marítimo entre o Oceano Índico e o Extremo Oriente.
A profundidade do Estreito é de cerca de 27m, assim, prejudica a passagem de navios maiores e mais pesados. Tem extensão de 800km e largura variando de 65km a 250km. Contudo, no Canal Phillips, próximo de Singapura, ele tem apenas 2,8km, que provoca grandes congestionamentos de navios.
Três portos estão situados no estreito: Malaca, Singapura e George Town, sendo que o Porto de Singapura é o segundo porto com maior movimento do mundo, ficando atrás apenas do Porto de Shangai.
O Estreito de Malaca é uma rota de transito essencial para fornecer rapidamente mercadorias vitais para a crescente economia asiática. Assim, dos 87 milhões de barris de petróleo produzidos por dia em 2011, cerca de 15,2 milhões de barris foram transportados pelo Estreito de Malaca. Este número é 19 vezes o petróleo que passou pelo Canal de Panamá e 4 vezes o que passou pelo Canal de Suez no mesmo período.
Cerca de 60% do transporte marítimo internacional passa pelo Estreito de Malaca, bem como ele abriga mais de 150 navios por dia, a maior parte da China e Japão. Pelo Estreito passa um quarto de todo o petróleo comercializado entre a Ásia e o Oriente Médio; assim, com o aumento da população e riqueza da China e outras potencias regionais, este índice tem aumentado.
ESTREITO DE MALACA E A RIVALIDADE ENTRE CHINA E INDIA
Na região do Estreito de Malaca ocorre a rivalidade entre duas potencias asiáticas: China e Índia, conhecido como “Dilema de Malaca”. Então, devido ao crescente interesse da China no Oceano Índico e a sua influência na região, a Índia começou a tomar medidas para balançar a China e expandir a sua influência na costa Leste do Estreito de Malaca.
Analistas consideram Nova Delhi como uma ameaça potencial a Pequim; então, em uma possível guerra entre as duas potencias regionais, a Índia pode boicotar a importação da China pelo Estreito de Malaca. Desse modo, a China tem realizado manobras militares na região, especialmente no Estreito de Malaca. A marinha chinesa lançou seu primeiro porta-aviões em 2016 e o segundo em 2017 e deve ter pelo menos quatro porta-aviões ativos até 2030. Como 75% da importação de petróleo chines acontece pelo mar, é essencial que Pequim assegure a segurança de rotas marítimas comerciais no Oceano Índico e no Estreito de Malaca.
OS PORTA AVIÕES E OS ESTREITOS
Porta-aviões são navios de guerra que servem como base para receber aviões em alto mar. Com estes navios especiais, é possível aumentar o alcance da ação das aeronaves, pois elas não dependeriam de aeroportos para abastecimento.
Estreito é uma passagem com espaço reduzido no mar e que liga, por elementos naturais, dois lados de terra. – destacando-se na navegação internacional de acordo com a sua profundidade, comprimento, largura e grau de fragilidade. Os estreitos que possuem importância geopolítica e estratégica são objeto de competição regional e global, e comumente são usados como ferramentas de política externa.
Durante a Guerra Fria, a União Soviética tinha interesse na geografia de suas águas territoriais desde que tivessem jurisdição marítima limitada. Enquanto isso os EUA visavam proteger a liberdade de navegação dos estreitos estratégicos. No pós Guerra Fria, ocorreu uma mudança no pensamento político e a globalização passou a orientar o foco estratégico dos estreitos, imprimindo-os um sentido geoeconômico.
PIRATAS NO ESTREITO DE MALACA
Saiba mais sobre a atuação pirata no Estreito de Malaca em: https://fascinadosportransportes.com.br/aumento-de-pirataria-nos-estreitos-de-malaca-e-singapura/
Devido à grande movimentação de mercadorias, o Estreito de Malaca recebe intensa atividade de piratas. Conheça mais sobre o assunto no vídeo do meu canal do youtube:
Fascinados por Transportes
Fonte: Traduzido e modificado de Ankasam, depois completado com fontes diversas. ASL, S.S.Strategic Importance of Strait of Malacca in Southern Asia. Ankasam, Turquia. Publicado em 31.jan.2022. Disponível em: https://www.ankasam.org/strategic-importance-of-strait-of-malacca-in-southern-asia/?lang=en